terça-feira, 6 de maio de 2008

A revolução industrial e a degradação ambiental (do final do século XVIII até século XX).

Transformações das questões ambientais e da agricultura através dos anos

Parte II-A revolução industrial e a degradação ambiental (do final do século XVIII até século XX).
A revolução industrial que começou na Inglaterra, entre o final do século XVIII e meados do século XIX, dando início à era dos grandes impactos ambientais. O desenvolvimento industrial, aliado ao surgimento de culturas de alta produtividade, desenvolvidas dentro do paradigma químico, a partir de 1950, desencadeia na agricultura, o processo que ficou conhecido como “revolução verde”.
O estilo de desenvolvimento adotado pela humanidade, com alto grau de industrialização e emprego de produtos químicos na agricultura, sem uma maior preocupação com os impactos negativos ao ambiente, começou a mostrar seus efeitos perversos.
Um dos primeiros grandes impactos ambientais foi à tragédia de Londres em 1952, quando o ar densamente poluído de Londres provocou a morte de 1.600 pessoas, desencadeando o processo de conscientização a respeito da qualidade ambiental.
Em 1962, ocorreu o primeiro grande alerta relativo à degradação ambiental, com o lançamento do livro “Primavera Silenciosa”, da jornalista Rachel Carson que viria a se tornar um clássico na história do movimento ambientalista, desencadeando uma grande inquietação internacional sobre a perda de qualidade de vida. Entre muitas denúncias de contaminações, relata-se que resíduos do agrotóxico BHC, foram detectados até em pingüins no pólo norte.
Em 1972, o Clube de Roma publica o relatório “Os Limites do Crescimento”, que estabelecia modelos globais baseados nas técnicas pioneiras de análise de sistemas. O documento denunciava a busca incessante do crescimento da sociedade a qualquer custo, e a meta de se tornar cada vez maior, mais rica e poderosa, sem levar em conta o custo final deste crescimento.
Neste mesmo ano ocorre a Conferência Mundial de Estocolmo sobre o Ambiente Humano: atendendo à necessidade de estabelecer uma visão global e princípios comuns que servissem de inspiração e orientação à humanidade, para a preservação e melhoria do ambiente humano. A Conferência gerou a Declaração sobre o Ambiente Humano, dando orientação aos governos.
O crescente consumo esta levando a humanidade a um limite de crescimento, possivelmente a um colapso, pois a maioria dos recursos utilizados para satisfazer as nossas necessidades é finita. Os políticos não estão levando em consideração as observações de respeito ao meio ambiente. Entretanto, o objetivo de alertar os homens da necessidade de maior prudência nos estilos de desenvolvimento, foi atingido.

José Benedicto Mello
Amigo da Escola Dinorá e
Prof. Aposentado da UNESP

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