Transformações das questões ambientais e da agricultura através dos anos.
Parte III- Final do século XX e Inicio do século XXI
Em 1987, deu-se a divulgação do “Nosso Futuro Comum”, relatório da Comissão Mundial, sobre meio ambiente e desenvolvimento. Essa comissão foi criada pela ONU como um organismo independente (1983) com o objetivo de reexaminar os principais problemas do meio ambiente e do desenvolvimento, em âmbito planetário, formular propostas realistas para solucioná-las, e assegurar que o progresso humano seja sustentável através do desenvolvimento, sem comprometer os recursos ambientais para as futuras gerações.
Em 1992, realizou-se no Rio de Janeiro a Conferência da ONU sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento – UNCED, com a participação de 170 países e teve como objetivos: examinar a situação ambiental do mundo e as mudanças ocorridas depois da Conferência de Estocolmo; identificar as estratégias regionais e globais para ações apropriadas referentes às principais questões ambientais; recomendar medidas a serem tomadas a níveis nacional e internacional referentes à proteção ambiental através de política de desenvolvimento sustentado.
Para tornar realidade as aspirações, a Conferência aprovou a Agenda 21, documento contendo compromissos acordados pelos países signatários, que assumiram o desafio de incorporar, em suas políticas públicas, princípios que os colocavam a caminho do desenvolvimento sustentável. Para proposta de agenda foram escolhidos como temas centrais: 1. Agricultura Sustentável, 2. Cidades Sustentáveis, 3. Infra-estrutura e Integração Regional, 4. Gestão dos Recursos Naturais, 5. Redução das Desigualdades Sociais e 6. Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Sustentável.
A implementação da Agenda 21 pressupõe a tomada de consciência das pessoas, sobre o papel ambiental, econômico, social e político, que desempenham em sua comunidade e exige, portanto, a integração de toda a sociedade no processo de construção do futuro, como forma de reverter um processo avançado de esgotamento dos recursos naturais.
A idéia de uma agricultura sustentável revela a insatisfação com as práticas atuais e o desejo social de outras que conservem os recursos naturais e forneçam produtos mais saudáveis, aumentando os níveis de segurança alimentar. Surge como resultado de anseios sociais por uma agricultura que não agrida o meio ambiente e a saúde humana.
Essa noção de agricultura sustentável contém a visão de um sistema produtivo que garanta a manutenção, em longo prazo, dos recursos naturais e da produtividade agrícola; o mínimo de impactos adversos ao meio ambiente; os retornos adequados aos produtores; otimização da produção com um mínimo de insumos externos; satisfação das necessidades humanas de alimentos.
José Benedicto Mello
Amigo da Escola Dinorá e
Prof. Aposentado da UNESP
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